Como educadores, é importante olharmos para o panorama histórico da educação no Brasil, a fim de compreender como o processo de aprendizagem foi abordado ao longo dos anos. Boa leitura!
A educação no Brasil passou por muitos momentos marcantes. Desde que os jesuítas chegaram às nossas terras até hoje, muitas coisas mudaram. Como educadores, é importante olharmos para esse panorama a fim de compreender como o processo de aprendizagem foi abordado ao longo dos anos.
Esse exercício nos ajuda a ter consciência da realidade em que atuamos dentro da escola e a pensar como melhorar a nossa cultura educacional. Pensando nisso, preparamos um breve panorama histórico da educação no Brasil. Acompanhe!
Colônia e Império
Os primeiros passos da educação no Brasil foram dados pelos jesuítas, que desembarcaram por aqui, em 1549, com o objetivo de evangelizar os índios. Os primeiros alunos da educação formal brasileira foram os curumins (filhos de índios), órfãos portugueses, filhos de fazendeiros e senhores de engenho e também de escravos. Em todos os casos, apenas meninos.
Os jesuítas permaneceram no país até 1759, quando foram expulsos pelo Marquês de Pombal. Em 1760, houve, em Recife, o primeiro concurso público para professores. No entanto, as aulas só tiveram início, oficialmente, em 1774, no Rio de Janeiro. Nesse meio tempo, professores particulares ensinavam a quem podia pagar pelas aulas.
Na época, a formação era composta por aulas de leitura, escrita, contas e humanidades (grego, gramática latina etc.). Pela primeira vez, a educação no Brasil era de responsabilidade do Estado, mas ainda não havia formação específica para professores.
A Constituição de 1824 determinou que a educação fosse gratuita para todos os cidadãos. Em 15 de outubro de 1827, foi aprovada a lei que determinou a criação de escolas de primeiras letras nas cidades e vilas, marco que deu origem ao Dia do Professor. Várias iniciativas visaram aumentar o nível de instrução da população, mas nenhuma foi bem sucedida durante o Império.
República e Ditadura
Com a Proclamação da República, a educação no Brasil passou por algumas transformações. A ideia do ensino como direito tornou-se mais forte e modelos mais sólidos surgiram. A divisão da responsabilidade educacional com estados e municípios colocou em voga algumas ideias de reforma. A paulista, por exemplo, propôs os grupos escolares e a divisão dos alunos em séries.
No início da Era Vargas, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. Em 1932, foi lançado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia uma educação pública, gratuita e laica. Além disso, a primeira graduação em Pedagogia do país foi criada em 1939, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
Nos anos 1950 e início dos 1960, a política brasileira foi marcada pelo populismo. Nessa época, surgiram os movimentos de educação popular que ganharam destaque, como as iniciativas de Paulo Freire, que alfabetizou 300 agricultores em 45 dias, na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte.
Durante a Ditadura Militar, o ensino tornou-se mais tecnicista. Em 1969, a disciplina de Educação Moral e Cívica passou a ser obrigatória. Já em 1970, o Mobral surgiu como uma tentativa de escolarizar adultos, mas acabou por gerar analfabetos funcionais.
Redemocratização e atualidade
O período pós-ditadura é marcado pela universalização do ensino, previsto na Constituição de 1988, pela inserção do Brasil nas avaliações externas e pela instauração do piso salarial para professores. Em 2001, o Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado com o objetivo de ampliar o nível de escolaridade dos brasileiros.
Outras iniciativas do período são a criação das escolas de tempo integral e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Atualmente, o Brasil está em fase de implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2017. O documento prevê uma reformulação dos currículos escolares com atividades que coloquem os alunos no centro do processo de aprendizagem.
Observar o panorama histórico da educação no Brasil é um importante passo para compreender como podemos propor melhorias, principalmente nesse momento de transição para a nova BNCC. Isso porque, a partir do conhecimento do que foi praticado no passado, é possível moldar uma educação mais justa e abrangente para todos.
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