Saiba como promover o ensino com o apoio da tecnologia sem necessariamente depender da utilização de computadores de última geração.

Quando o tema é ensino e tecnologia é difícil afastar da mente a ideia de que é indispensável o uso do computador durante as aulas. No entanto, esse é um pensamento equivocado, pois existem formas de promover uma educação tecnológica sem necessariamente ter componentes eletrônicos de última geração.

Alternativas como a sucatagem no ensino da tecnologia estão cada vez mais em alta entre as escolas públicas brasileiras, cuja missão é fazer muito com pouco, em tempos de baixo orçamento. Trata-se de uma forma inovadora, inventiva e criativa de ensinar e resolver problemas. Acompanhe este post para entender mais sobre o assunto.

Inclusão da robótica em sala de aula

A escola não pode simplesmente fechar os olhos para as novas demandas educativas. O mercado de trabalho mudou: ele está moderno e muito exigente, portanto, não repensar práticas pedagógicas e deixar a tecnologia de lado podem ser dois grandes problemas.

Nesse contexto, é interessante mencionar a robótica em sala de aula, cuja inclusão significa abordar conceitos de mecatrônica e informática, enquanto se estimulam o raciocínio lógico e a criatividade no estudante – competências essenciais para o novo profissional.

Talvez você esteja pensando que para isso são necessários equipamentos de ponta, afinal, estamos falando da construção de robôs. No entanto, acredite: o uso de tecnologia sofisticada não é um pré-requisito para trabalhar a robótica na sua escola.

É possível desenvolver um ótimo estudo utilizando materiais recicláveis e peças de brinquedos. Dessa forma, é possível aliar a tecnologia com a ciência e outros temas relevantes, como a preservação do meio ambiente.

Transformação social

Além de propiciar um processo de aprendizagem prático, o incentivo à robótica em sala de aula de forma sustentável – isto é, por meio de sucata – também contribui para a possibilidade de se promover uma transformação social. Afinal, muitas pessoas ainda acreditam que a falta de um computador, tablet ou smartphone impossibilita o ensino tecnológico.

Essa é uma crença que precisa ser combatida, e é função do educador encontrar brechas para abordar o assunto com os alunos, os pais e a sociedade. Além disso, é muito importante demonstrar que, apesar dos baixos recursos, a tecnologia não pode ser encarada como algo separado da escola.

Sendo assim, é preciso inovar na gestão e compreender que a robótica é algo acessível para sua escola. Usando peças que seriam descartadas é possível criar carros, foguetes e muitos outros mecanismos que tenham autonomia para executar determinadas tarefas, por exemplo.

Estímulo da individualidade do aluno

Outro aspecto essencial do processo de aprendizagem é o estímulo da individualidade do estudante. A educação mudou e o educando também, portanto suas necessidades são outras. Não estar atento a isso é perigoso e pode colaborar para a evasão escolar.

Nesse sentido, é interessante entender que cada aluno terá uma experiência particular com a tecnologia. Sendo assim, é necessário sugerir atividades que respeitem essas diferenças e despertem o interesse pelo tema para além de computadores e celulares.

Uma ideia é convidar sua turma para recolher materiais recicláveis, como garrafas PET, rolos de papel higiênico, tampas, aparelhos eletrônicos quebrados e outros itens para, em seguida, propor a produção de alguma coisa, como um carrinho movido a ar. Durante o processo é válido sempre lançar questões que os faça refletir, como “qual material usar em uma determinada parte do robô? Por quê?”.

Esse é um exemplo de atividade que pode ser empregada com todas as turmas da sua escola, bastando a invenção de discussões pertinentes à idade escolar no ensino público. Trata-se de uma ótima iniciativa para proporcionar aos estudantes a chance de vivenciar a tecnologia coletivamente.

Enfim, ensino e tecnologia não são termos que se complementam somente em escolas que contam com equipamentos modernos. Busque saber mais sobre a robótica e leve outros projetos para a sala de aula. Inove, elabore um planejamento que envolva a comunidade escolar e desperte seus alunos para uma nova forma de aprender tecnologia.

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